O que é Economia Digital?
A economia digital é definida como um novo modelo econômico nascido de
uma revolução de base tecnológica cujo motor principal são as TICs (Tecnologia
da Informação e Comunicação).
As TICs começaram como sendo um mero instrumento tecnológico. Vieram depois
alterar as regras dos negócios, da mesma forma como está acontecendo com o
e-business, e vão acabar por alterar tudo o que os Governos fazem, dos impostos
à educação.
Como funciona?
A sociedade humana vem evoluindo de um modelo nômade, depois para agrícola,
em seguida industrial e agora a sociedade da informação. Esta evolução abre a
possibilidade de novos negócios, nunca antes imaginados. Por exemplo, grande
parte das pessoas que acessa a Internet utiliza o Google para buscas. Apesar de
o Google dar as respostas rápidas, com bastante exatidão, nenhuma pessoa paga
para usar o Google. Quem paga a conta são anunciantes. Mesma coisa acontece com
o Facebook. Quem usa, usa bastante, e não paga um centavo para isto. O Facebook
cobra de empresas interessadas em anunciar ali. São negócios novos que estão
surgindo, e isto impacta toda a cadeia produtiva.
Qual a tendência para o futuro?
Na economia digital as empresas tendem a se transformar, se afastando das
estruturas hierarquizadas e piramidais, não mais produzindo produtos completos
isoladamente, mas, “montando” novos produtos através de uma rede que compreende
fornecedores, clientes, empresas de concepção, engenharia e design. No final o
que temos é uma empresa virtual que não é nada mais do que uma agregação de
competências e recursos originados em diferentes empresas que se juntam para
responder a uma oportunidade de negócios através do fornecimento de pacotes
integrados de bens, serviços e competências.
Qual a movimentação financeira deste segmento?
O ranking de economia Digital, realizado pela divisão de consultoria da
IBM e pela Unidade de Inteligência do The Economist, aponta que o Brasil
apresentou crescimento de 0,8% na categoria ambiente de negócios.
O País registrou as melhores pontuações em oportunidade de mercado (7,8
pontos) e política de investimento estrangeiro (7,75 pontos).
Em contrapartida, o desempenho em visão e política do governo e ambiente
social e cultural piorou, com queda na nota de 7,5 pontos para 6 pontos.
A categoria infraestrutura de tecnologia e conectividade indica que a
internet alcançou um percentual de crescimento menor do que em 2009 e, por
isso, o Brasil recebeu nota 3.
Qual a sua participação no PIB?
O aumento do uso de smartphones e o interesse crescente pelas redes
sociais e por sites de comércio eletrônico vão contribuir para que a geração de
recursos financeiros relacionados à internet aumente ainda mais no Brasil nos
próximos. A chamada economia da internet relativa ao país pode atingir R$ 158
bilhões em 2016, de acordo com estudo realizado pelo Boston Consulting Group
(BCG) e obtido com exclusividade pelo Valor. A cifra equivale a 2,4% do
Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e é 95% superior à registrada em 2010.
“A internet não pode ser ignorada e já representa uma parte importante da
nossa economia”, afirma Julio Bezerra, diretor do BCG, companhia americana
especializada em consultoria empresarial. No Brasil, a expectativa é que o
consumo na web seja a área de maior crescimento, passando de R$ 60 bilhões em
2010 para R$ 134 bilhões em 2016.
Apesar da expansão, a participação da economia da internet no PIB
brasileiro ainda é menor que a proporção média dos países do G-20 (grupo que
reúne economias mais industrializadas e países emergentes). A estimativa do BCG
é que a economia da internet do grupo some US$ 4,2 trilhões em 2016, o
equivalente a 5,3% do PIB dos países.
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